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História da Fotografia

 

 Nasce a Fotografia

A fotografia nasceu das tentativas de aperfeiçoamento dos métodos de impressão sobre papel, dominados pelos chineses no século VI e difundidos na Europa seiscentos anos depois. Tanto Joseph Nicéphore Nièpce, o inventor da fotografia na França em torno de 1826, quanto nosso precursor brasileiro Hercule Florence trabalhavam no aprimoramento de sistemas de impressão quando tiveram a idéia literalmente luminosa de unir dois fenômenos previamente conhecidos, um de ordem física e outro de ordem química: a "câmera obscura", empregada pelos artistas desde o século XVI, e a característica fotossensível dos sais de prata, comprovada pelo físico alemão Johann Heinrich desde 1727.

Niêpice
Niêpice foi pioneiro, mas não ficou com a glória imediata.
Hoje ele é reconhecido como inventor

Nièpce morreu antes de ver sua invenção mundialmente aclamada em 1839. Quem ficou com a glória foi o associado, Jean Jacques Mandé Daguerre, que rebatizou a héliographie (nome imaginado por Nièpce) de daguerreotypie, para ter certeza de que a humanidade não o esqueceria. Menos astuto do que Daguerre, Hippolyte Bayard, o primeiro a fazer uma exposição de fotografias, em 24 de junho de 1839, foi quase totalmente esquecido. Ele anunciou seu processo pelo menos dois meses antes do lançamento oficial da daguerreotipia. Amargando o ostracismo, Bayard revidou com uma sarcástica auto-denúncia afirmando que "o governo, que tanto havia dado ao Sr. Daguerre, alegou nada poder fazer pelo Sr. Bayard e o infeliz se afogou..."

Francês Florense
O francês Florense foi um percursos que viveu no Brasi. Longe da Europa não teve seu nome incluido entre o dos inventores

Como muitas outras grandes invenções, a fotografia teve muitos precursores espalhados por diversos países. William Henry Fox Talbot foi um deles. Inglês, ele foi o inventor do " desenho fotogênico", em 1835, comercializado com o nome de calotipia. A diferença básica entre a calotipia e a daguerreotipia é que a primeira produzia um número ilimitado de cópias sobre papel, a partir de um negativo igualmente de papel, enquanto a segunda gerava uma imagem única sobre uma placa de cobre revestida de prata polida. A calotipia obedecia, portanto, à natureza intrínseca da fotografia: a reprodutibilidade; a daguerreotipia aparentava-se conceitualmente à pintura por seu caráter de imaginação única e , conseqüentemente, rara. Não é de estranhar, pois que a daguerreotipia tenha obtido sucesso fulgurante junto à burguesia emergente, a vida por símbolos de status capazes de ter seus perfis eternizados pelos pintores.

Daguerre
Daguerre

Mas a daguerreotipia dificultava a fixação da imagem humana, porque exigia longo tempo de pose para a exposição da placa. Por isso, os estúdios dos retratistas só começaram a proliferar em 1842, depois que o aumento da sensibilidade das placas e a introdução da objetiva desenvolvida por Joseph Petzval (dezesseis vezes mais luminosa do que as utilizadas até então) rebaixaram o tempo de pose a um ponto suportável - os quinze minutos de exposição ao sol necessários em 1839 caíram, então, para somente vinte ou quarenta segundos. A partir daí foi a explosão: somente na semana da morte do príncipe Albert, da Inglaterra, foram vendidos 70 mil retratos seus!

Geniais pioneiros da fotografia continuaram lutando para expandir os limites de sua aplicação com ousadia e criatividade. Ironicamente, um desses homens foi dos maiores retratistas de todos os tempos, o célebre Nadar (Gaspard-Félix Tournachon), amigo e companheiro do escritor Júlio Verne, responsável por duas proezas aparentemente antagônicas: a primeira fotografia subterrânea, em 1858 e 1861, respectivamente. Igualmente pioneiro da conquista do espaço, Nadar fotografou Paris de 520 metros de altura a bordo de seu balão Le Géant, o maior jamais construído até hoje. Para tirar as primeiras fotografias subterrâneas nas catacumbas de Paris, ele inovou duplamente, pois esta também foi a primeira vez em que se usou a luz elétrica para iluminar a tomada de uma foto. Como o tempo de exposição das lentas placas de colódio úmido chegava a dezoito minutos nas catacumbas, impossibilitando o uso de modelos vivos, Nadar apelou astuciosamente para manequins, para simular a presença humana.

Quando examinamos retrospectivamente a história da fotografia, não podemos deixar de nos impressionar com a inventividade demonstrada por alguns pioneiros na superação das limitações técnicas dos precários processos fotográficos do século XIX. Caso não existissem provas concretas, seria difícil acreditar, por exemplo, que John Benjamin Dancer tivesse sido capaz de fotografar um documento através de um microscópio em 1839, desbravando uma senda que o fez pioneiro da microfotografia e da microfilmagem.

Subiu ao céu, mergulhou no mar, desceu ao fundo da terra

Outras proezas inacreditáveis são o registro perfeito de um relâmpago em 1847, por Thomas Easterly, americano de Saint Louis, e a primeira fotografia da lua, obtida por John Adams Whipple, de Boston, em março de 1851 - 118 anos antes que os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisassem no solo lunar e tirassem as primeiras fotografias na lua. Outro desafio vencido foi o da primeira fotografia submarina, realizada pelo professor Louis Boutan em 1893. Entretanto, convém não perder de vista o fato de que a evolução tecnológica da fotografia não visou apenas proezas pitorescas desse tipo. Procurou-se axiliar o desenvolvimento de virtualmente todas as áreas do conhecimento. Basta lembrar que o cientista James Watson e Francis Crick perceberam a configuração em forma de hélice do ácido desoxirribonucleico (DNA) ao examinar uma fotografia de raios X realizada por Rosalind Franklin no King's College de Londres em 1953. Essa informação contribui enormemente para as pesquisas que lhes permitam provar que o DNA armazenava informações genéticas que o capacitavam a reproduzir a si mesmo - um passo gigantesco no avanço da Engenharia Genética.

Daguerreotipia
Um dos primeiros exemplares do processo de daguerreotipo

A exaltação do valor prático da fotografia no entanto, não deve obscurecer seu valor como instrumento de criaçãoartística dotado de uma sintaxe própria. Com a fotografia nasceu uma nova maneira de ver o mundo tanto do ponto de vista estético, como seus inusitados ângulos de visão com o close, desfoque, a imagem tremida e o registro do movimento, quanto pela precisão absoluta que reproduzia a natureza.

Isso a transformou no veículo ideal para documentação, e os álbuns de imagens e nográfricas, mostrando aspectos topográficos ou urbanos de países longínquos, começaram a surgir já em 1840. O primeiro deles "Les excursions daguerrienes", foi editado na França até 1844, com o total de 114 vistas da Europa, África e América. Os Daguerreótipos originais eram copiados por gravadores que adicionavam passantes às vistas para atender ao gosto da época que não admitia as paisagens desérticas dos primeiros daguerreótipos, incapazes de registrar a vigidia figura humana. Em 1844, Fox Talbot lançava "Pencil of nature" (Lápis da natureza), o primeiro livro ilustrado com fotografias originais, sistema que seria levado à perfeição industrial por Desiré Blanquart-Evrard. Este seria editor de magníficos livros de fotografias, como "Égypte, Nubie, Palestine Syrie", um volume com 125 imagens de Maxime Du Camp, realizadas na viagem de três anos (1849-51) que empreendeu pelo Oriente Médio em companhia do escritor Gustavo Flaubert.

Primeira foto colorida
A primeira foto colorida feita no século passado

Essas arrojadas expedições fotográficas eram extremamente complicadas, pois o processo de colódio úmido empregado na época exigia o emulsionamento da placa instantes antes da tomada da foto, o que obrigava transporte de dezenas de quilos de equipamentos. Roger Fenton, o decano dos fotógrafos de guerra, relatou que ao fotografar o Conflito da Criméia, entre a Rússia e a Turquia, em 1855, o calor às vezes secava suas chapas antes que pudesse usá-las, atrapalhando bastante seu trabalho. Tais dificuldades não impediram, no entanto, que Matthew Brady, Alexander Gardner e Timothy O'Sullivan documentassem pormenorizadamente a Guerra Civil nos Estados Unidos (1861-1865), consolidando o papel da fotografia como documento histórico de valor inquestionável.

Ao mesmo tempo que permitia descortinar o inacessível, a fotografia avançava na revelação do invisível. Por volta de1870, Eadweard Muybridge iniciou os experimentos que o conduziram a fotografar todas as etapas do galope de um cavalo (em 1877) com a ajuda de doze câmeras (mais tarde ele chegaria a usar até 36 câmeras sincronizadas). Isso serviu para comprovar que o animal realmente levantava as quatro patas do solo simultaneamente, contrariando os moldes clássicos de representação do galope na pintura. Essa célebre seqüência marcaria o início da cronofotografia, amplamente aperfeiçoada pelo francês Etienne-Jules Marey, o inventor do fuzil fotográfico em 1882.

Nessa época já estava bem delineada a oposição que iria cindir a fotografia em dois blocos: o realista e o criativo. Alguns autores acreditavam que a fotografia deveria ser apenas um documento, o mais fidedigno possível; outros lutavam para vê-la reconhecida como uma disciplina artística tão respeitável quanto a pintura. Muitos se equivocaram nessa batalha, tentando empregar as próprias armas da pintura para igualá-la, numa estratégia ingênua que os conduziu ao desatino de achar que a boa fotografia era justamente aquela que não se parecesse em nada com uma fotografia, mimetizando o desenho ou a gravura.

O fotógrafo passou a penetrar na intimidade das cenas

A redução do formato das câmeras foi um dos objetivos mais ardentemente procurados pelos fabricantes. Em 1888, surgia a Kodak com o tentador convite "aperte o botão, nós faremos o resto". Em 1924 seria a vez da Ermanox, com negativos de vidro de pequeno formato, e da Leica, empregando filme flexível de cinema de 35 milímetros. Com a Ermanox, Erich Salomon pôde captar aspectos reservados das reuniões de cúpula dos dirigentes europeus, inaugurando um novo estilo de comentário político na imprensa. A Leica permitiu que Henri Cartier-Bresson criasse uma nova escola fotográfica, baseada na habilidade em prever antecipadamente o desdobramento de uma ação e de registrar rapidamente este desdobramento no momento em que todos os elementos constitutivos da imagem estivessem em sua configuração mais expressiva. Este sistema, conhecido como "instante decisivo", ainda é hoje o de maior penetração e influência entre os fotógrafos de todo o mundo.

Cenas com movimento
Lentes sensíveis podiam registrar cenas com movimento

A reprodução das cores foi aspiração simultânea ao aparecimento da fotografia, levando muitos a colorir daguerreótipos, numa tentativa de remediar a ausência sentida. O primeiro pesquisador bem-sucedido neste setor foi Nièpce de Saint-Victor, sobrinho de Nicéphore Nièpce, responsável pela obtenção de daguerreótipos com tênue coloração. Foi somente em 1869 que Louis Ducos du Hauron e Charles Cros chegaram simultaneamente, e sem conhecimento prévio das pesquisas um do outro, a resultado idêntico para a produção de imagens coloridas.

A foto instantânea é uma volta aos princípios de Daguerre

Eles reuniram três clichês monocromáticos de um mesmo assunto. Em 1907 surgiu o primeiro processo industrial de produção de fotografias coloridas, o Autochrome Lumière. Esse sistema usava féculas de batata previamente tingidas (1/3 de vermelho, 1/3 de azul e 1/3 de verde) e cuidadosamente distribuídas sobre a placa de vidro, sendo amplamente difundido até 1932. Três anos depois surgia o Kodachrome, precursor dos modernos filmes coloridos, concebido por Leopold Manner e Leopold Godowsky. O Kodachrome tem três emulsões independentes (a primeira sensível apenas ao azul, a segunda ao verde e a terceira ao vermelho), superpostas sobre a mesma base, produzindo slides de alta qualidade. Em 1941, a Kodak introduziria o processo negativo-positivo na fotografia em cores com o Kodacolor. Esse processo permite fazer muitas cópias coloridas, em, papel de uma mesma fotografia seis anos depois seria a vez do Ektacolor filme que podia ser processado pelo próprio fotógrafo, colocando finalmente a fotografia colorida ao alcance de qualquer pessoa.

Fotógrafo
Os fotógrafos viajavam com uma bagagem volumosa

O ano de 1947 seria marcado pelo aparecimento de uma invenção totalmente revolucionária: a fotografia instantânea, a Polaroid, criada por Edwin Land. Ao possibilitar a contemplação imediata da fotografia feita, a Polaroid fechava um cíclo importante, restando com a daguerreotipia, que também tinha revelação imediata, permitindo a correção rápida de erros ou imperfeições, vantagem ausente da fotografia durante quase um século. Em 1963, Land surpreenderia novamente o mundo ao lançar o filme instantâneo colorido. Parecia impossível querer mais...

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